Estou ansioso. E neste momento de ansiedade me vem a lembrança de todo o trabalho para fazer nascer Réquiem: sonhos proibidos.
Foram quase dois anos de muita leitura, sem escrever muita coisa. Depois de tanta leitura, com a cabeça mais abastecida, sentei para escrever. E escrevi enlouquecidamente, o tempo era curto, mas a vontade era imensa. E o livro que era conto foi nascendo na minha frente, as personagens tomando força, surgindo dos recônditos da minha memória. Cometi muitas falhas, muitas incongruências e tive ajudas inestimáveis. A minha primeira leitora beta, Karla Lima, fez praticamente a função de editora, apontando repetições, maluquices e esquecimentos e elogiando escolhas e outras coisas. Foi fundamental para eu acreditar que o livro poderia se transformar em algo mais sólido. Depois fiz umas três leituras, o “prazo” que eu tinha em mãos já havia sido cumprido e agora era eu e o romance. Depois passei um tempo sem olhar para ele, descrente. Até que o Cláudio Brites, da Terracota Editora, me perguntou: “Que vai fazer com o livro? Vamos publicar?”
Então veio o maior frio na barriga do mundo. Eu não acreditava. Apesar de ser meu amigo, Cláudio não publicaria nada apenas pela amizade. Mantém uma qualidade mínima nos lançamentos da sua editora e não queimaria o nome dele com um gesto amigo apenas. Confiou no meu texto de uma forma que nem eu confiava. Então começamos o trabalho de verdade. Li mais uma vez. E passei para Nanete Neves, amiga do coração e excelente preparadora, para ela dar aquela olhada geral. E lemos juntos mais uma vez. E a Luciana Penna, revisora da Terracota, leu e gostou muito. E mais um reforço para acreditar no livro.
E agora, a capa, obra do Tiago Soarez. Para dar mais vida ao livro. Para dar cara para a história que eu quis contar. Com a qual me diverti bastante, me emocionei e até pirei um pouco. Até o ponto final.
E agora, após os últimos ajustes, o lançamento. Dia 23 de junho de 2012. Será um dia para não esquecer