Chover no molhado é dizer que vivemos num mundo de informação. A Idade Mídia (termo que ouvi pela primeira vez com Gabriel Perissé) instalou-se e não vai embora tão cedo. Na Internê podemos encontrar de tudo e mais um pouco, numa profusão de coisas úteis e inúteis. Está tudo lá, é só aproveitar ou não. Não há mais aquela história de "não sei, não quero saber", apenas para quem se nega mesmo entrar no ritmo insano que nos empapuça de tanto material.
Então, ainda há lugar para informações mais ou menos úteis?
Sempre há, pois o cérebro é como um disco rígido praticamente sem limites. Organizar essa bagunça toda é uma outra história. Acredito que, pensando nessas informações quase úteis, a editora Intrínseca lançou em 2005 (redescobri o livrinho hoje) A miscelânea original de Schott, de Ben Schott (tradução e adaptação de Claudio Figueiredo). Para se ter uma ideia, a orelha do livro explica um pouco do que se trata a tal miscelânea:
Que outro livro pode se vangloriar de ter um índice do qual constam comprimentos de cadarço de sapatos, as mortes prematuras de astros pop e os sete pecados capitais […]. Onde mais, a não ser em A Miscelânea Original de Schott, você conseguiria esbarrar no gato de John Lennon, no fornecedor de gaitas-de-foles da rainha da Inglaterra, nos doze trabalhos de Hércules e nos métodos brutais de assassinato encontrados por Miss Marple, a heroína das histórias de Agatha Crhistie?
Inclusive, por acaso, abri na página 46 e descobri qual o santo padroreiro dos internautas: são Isidoro de Sevilha. Então, oremos para ele que nossa conexão não caia no meio do post.
Para quem quer se divertir e se deparar com algumas coisas absurdas, outras bem úteis (hello, tradutores), A miscelânea original de Schott é uma boa pedida.
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