Lendo as últimas notícias nos sites e nos jornais, começo a ficar com medo de um transporte tão seguro, até mais que os elevadores, estatisticamente. Voar no Brasil está ficando cada vez mais complicado, não apenas pelo caos aéreo instalado desde o desastre da GOL no ano passado, com greves e denúncias de controladores contra os órgãos federais competentes, as horas de esperas intermináveis, a irresponsabilidade das companhias aéreas e as vistas grossas dos cabeças da aviação, mas pelos acidentes e quase acidentes seguidos. O vôo 3504 da TAM deixa mais de 200 mortos e a reputação de uma empresa de renome abalada, pois as últimas investigações acusam falha no sistema de aerodinâmico, combinado com outros fatores levaram à fatalidade (imperícia do piloto, hidroplanagem, falta do grooving na pista etc.). Antes dele, outros dois aviões, se não me engano da BRA e da Gol deslizaram naquela pista de Congonhas, que periga também ser fechada e os vôos remanejados para outras partes (Campo de Marte, Viracopos, Jundiaí e a própria Cumbica). Ontem à tarde o pneu de um avião da GOL fura na aterrissagem e agora, que mais vai acontecer? A pergunta um dia antes em todos os jornais era “quando será o próximo”, mas eu me pergunto “quantos serão os próximos”?
Logo agora, que a classe média e entornos descobriram o prazer de viajar rapidinho pelo ar…