Fios

“E eu quero tudo, no próximo hotel, por mar, por terra, ou via Embratel…” (de novo, Cazuza)

Bem devagar, sinto os fios me envolverem. Multicoloridos, abraçam meu corpo como um novelo de luzes que me fazem sorrir, trazem brilho novamente aos meus olhos.

Temo pois eles são rápidos, não me dão chance de desvencilhar. Ao mesmo tempo não quero me desviar deles, aceito suas voltas e reviravoltas em torno dos meus braços, pernas, pescoço. Fios que cobrem meus olhos e abrem uma paisagem bonita, deitam uma cortina de novas sensações que me surpreendem. Ainda não sei se são bons ou ruins, sei que não consigo refreá-los.

Tenho escolha, mas não quero tê-la. Que venham os fios, em suas cores e formas, que venham e me embalem nesse delicioso recomeço…

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