Queria ter de novo o gosto da felicidade em meus lábios. Saber que a manhã surgiria bela como a noite deitaria seu manto num sorriso gentil.
Queria tecer de novo planos e projetos, olhar para frente e ver sua sombra junto à minha.
Queria poder abraçar e sentir seus braços me envolvendo com medo juvenil.
Mas hoje vejo que meu querer se acabou. Meu sonho se desvaneceu, como névoa fraca em torno da montanha.
E agora me resta uma estrada. Um longa estrada, ainda empoeirada, ainda vazia.
Com poucos rostos, com muitos corpos.
E logo surgirá alguém.
Para eu querer de novo.