iPad e o arrependimento

Assim que comprei o iPad, há pouco mais de um mês, a primeira coisa que me veio à mente foi:

— Vou me arrepender…

Aos poucos percebi que era bacaninha tê-lo, podia fazer muitas coisas nele… por exemplo não me entediar mais enquanto esperava alguém num café, ver e-mails aqui e ali, ler um livro mais pesado que ele sem o incômodo de levar um trambolho na bolsa e por aí vai. Tudo que talvez eu pudesse fazer num celular. E talvez por isso doesse tanto na consciência ter comprado o que muitos chamaram de iPhonão ou iPodão.

Até que um dia eu estava no segundo dia de um curso de tradução no qual o professor havia distribuído uns textos traduzidos para que pudéssemos compará-los aos originais, verificar as influências etc. Muito bem, cheguei no segundo dia com meu brinquedo novo, todo orgulhoso, quando ouvi:

— Hoje vamos trabalhar naqueles textos que dei para vocês na semana passada…

Gelei. Vendo todos tirando seus textos das bolsas e mochilas, do meio dos cadernos. Fui para minha bolsa e, claro, a papelada havia ficado dentro do caderno que eu havia esquecido numa outra mochila. Ótimo, ficaria olhando para o teto durante toda a aula… até que o professor disse:

— Como vocês sabem, retirei esses textos do site…

Ouvi cornetinhas angelicais ao olhar para a tela do iPad. Mais que depressa abri o navegador e voilá, lá estavam todos os textos que analisaríamos nas aulas seguintes. E a aula seguiu sem percalços e eu, agradecido ao equipamento e ao professor, fui para casa pensando: nada de arrependimentos…

2 comentários iPad e o arrependimento

  1. Leandro K 27 de junho de 2011 @ 23:38

    E vc sabe que não é bem o iPad que é milagroso. Qualquer outro faria o mesmo… hihihih

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